O folguedo “O Auto da Buiuna e os Bonecos Gigantes” surgiu em Porto Nacional, no carnaval do ano de 2001, inspirado na peça de teatro homônima, de autoria de Everton dos Andes, e, consagrou-se como um projeto pioneiro na lida com bonecos gigantes no Estado do Tocantins.
A adaptação da obra para folguedo de rua mobiliza artistas de vários seguimentos: artesãos, artistas plásticos, costureiras, escultores, atores, bailarinos e músicos, além de inúmeros figurantes. “O Auto da Buiuna e os Bonecos Gigantes” constitui-se como uma representação da memória sócio-cultural de Porto Nacional.A retratação da Buiuna, por exemplo, é um convite para se revisitar as lendas locais e o imaginário coletivo da população Portuense, que tem na cultura popular o seu referencial maior. Já os bonecos gigantes representam personalidades que construíram a história social desta localidade.
O desfile cultural relembra a lenda da cobra gigante, que segundo diz a história, teria a cabeça enterrada debaixo da Catedral e o rabo no fundo do Rio Tocantins. E os dez bonecos coloridos, de três metros de altura também chamaram a atenção na alvorada. Cada um representou uma personalidade que contribuiu com a cultura da região. Gente como Mestre André, Tia Júlia, Argemiro Pereira, Mestre Adelino e Frei Gil Gomes - fundador da primeira banda de música do norte goiano em 1900.
Para o organizador do evento, o diretor da Companhia de Arte Popular do Tocantins, Éverton do Andes, esta é uma forma de homenagear quem ajudou a construiu a identidade da cidade. “São pessoas que marcaram a história e fizeram a cultura crescer na nossa cidade”, diz.
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